domingo, 26 de dezembro de 2010

CONTAS PÚBLICAS


O país possui duas contas: a Externa quando deve em moeda estrangeira e a Interna quando deve em Real.
A dívida externa está numa situação invejável, confortavelmente, sem perigo de risco porque não há mínima possibilidade de um calote externo. As reservas em moeda estrangeira estão acima do saldo da dívida.
A dívida interna cresceu com FHC e tornou-se gigante no governo Lula, porém ainda é administrável. O problema é a velocidade como cresce e a pouca chance da Dilma exercer austeridade fiscal. Lula gerou compromissos que se tornaram pétreos numa gestão petista, agravado pela necessidade de grandes investimentos em infra estrutura, e as barreiras ideológicas para a participação da iniciativa privada nesse processo.
Mantenho a esperança que a Dilma surpreenda, e exerça austeridade fiscal. Caso contrario ela chegará a uma situação limite.
O país pode quebrar? A curto prazo não. Mas o endividamento excessivo gera problemas de percurso na condução da economia, já está acontecendo. O governo necessita vender cada vez mais títulos e para isso aumenta juros que gera entrada de dólares, valoriza o real, dificulta exportação. Por outro lado o governo amplia a carga tributária, piorando a competitividade do país.
Como o governo deve em Real, a possibilidade de emissão de moeda é grande e a conseqüência imediata; inflação.
A sociedade brasileira não gosta de degustar política é um assunto indigesto, prefere as surpresas, porém é importante se ter conhecimento que o excesso de otimismo faz parte do trabalho de marketing do governo.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

POPULISMO


Luis Inácio Lula da Silva, se orgulha de ser comparado a Getulio Vargas. Realmente se parecem, os dois foram muito importantes para o Brasil. Lula sempre se espelhou em Getulio Vargas. São importantes porque mesmo depois de deixarem o poder sempre vamos ter que falar deles até que um dia nos libertemos. Bolsa Família de Lula foi a Legislação trabalhista de Getulio. Ou a Legislação Trabalhista de Getulio Vargas foi o Bolsa Família de Lula. Acontece que Getúlio Vargas foi empossado em 1930 pelo golpe militar contra Washington Luís. Nove anos depois os militares cansado de Getulio manifestavam interesse de destroná-lo, aí então ele fez a Legislação Trabalhista (1939) e, com isso ganhou a popularidade, e mais seis anos de poder. Pois só em 1945 os militares cercaram o palácio do catete e deram 24 horas para ele sair de lá. Getúlio só pecou, pecou demais. Nacionalista ele acreditava que o Estado tinha habilidade de gerir a economia. Acredito que os pecados de Getulio foram de boa fé. Essa é a razão do Brasil ainda ser um emergente. Enquanto ao Lula, não posso falar o mesmo, porque somos seres racionais, podemos errar, mas, não podemos repetir erros. Os dois tinham ambições perpetua do Poder. Populistas. Aquela historia que trabalham pelo menos favorecidos, mas são formadores de necessitados. O Lula teve mais sorte, recebeu um país estruturado, mas não teve a habilidade de evoluir, a melhoria que aconteceu foi por conta das reformas do antecessor. No entanto, teve a habilidade de chamar pra si os dividendos políticos. A gloria para Lula não é do país é dele.

domingo, 19 de dezembro de 2010

DESMONTE


“Nós apenas estamos fazendo aquilo que os outros não fizeram”. Essa foi uma das frases do Presidente Lula no registro das ações de seu governo no dia 14.12.10. Verdade? Ou presunção.
A estabilidade monetária foi dele? Ou este feito seria desnecessário para a evolução da economia. As privatizações também plenamente desnecessárias. Imagino o país com mais da metade da economia sendo gerenciada pelo governo. Praticando o dumping da incompetência por necessidade de desova da produção e mandando a conta para o contribuinte. Somente por milagre sobraria recursos para o bolsa família. O que não foi feito? Adequar investimento em infra estrutura a níveis necessários para o tão falado crescimento sustentável. É uma questão de visão. Me recordo quando o governo passado ampliou incentivos às Universidades privadas. Para oposição era a privatização do Ensino Superior, e agora falta mão de obra especializada. Já falei que educar não é só ensinar que dois mais dois são quatro. É, também, não permitir incremento da ociosidade na juventude. Aumentou de 22% para 24% a quantidade de jovens entre 18 a 20 anos, que não estuda e nem trabalha. Onde está a omissão? Afinal é bom citar as realizações do Presidente. Queda de juros? Isso estava acontecendo. Basta ter seguido os fundamentos da economia deixado pelo anterior. Fracasso foi a necessidade do rompimento do ciclo. Depois que Palocci deixou o Ministério da Fazenda assistimos o principio do desmonte dos fundamentos econômicos que tanto propicia a estabilidade e o crescimento do país e, que o próximo governo terá como desafio a recuperação.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Resposta ao Anônimo


Alguém, um anônimo, fez o seguinte comentário: “Prezado, É muita prepotência afirmar que o homem é imperfeito. Seria mais coerente afirmar que a natureza humana é imperfeita, visto que, o corpo humano é uma máquina perfeita. Também veja o outro lado da moeda, não é obrigado o nomeado dever "favores" ao nomeador. Daí se valem as questões éticas e morais não só do Presidente da República, mas também dos magistrados (favorecidos).”
Por Anônimo em PODER DEPENDENTE em 14/12/10
Claro que quando me referi a imperfeição humana era com relação às questões éticas e morais ao excesso de ambição, aos sentimentos de inveja, ódio, vingança etc. Eu não posso me declarar ético, ninguém pode, é uma questão de comportamento. Os Poderes são independentes. Existe a convivência que deve ser a mais harmoniosa possível. O Supremo e os Tribunais Superiores selecionar três profissionais de carreira e por cortesia levar ao Presidente da República para escolher um deles, isso é aceitável, até mesmo elogiável. O nomeado não deve ao nomeador. No entanto quando um ministro é escolhido porque a mãe é amiga da esposa do Presidente, ou porque o profissional foi advogado do PT, isso é condenável. Aqui o nomeado deve ao nomeador. A sociedade deve reagir. Eu sou uma célula dessa sociedade que tenta usar a comunicação para alertar outras células. Ou alguém acha que Democracia é só o direito de ir e vir. Esse direito eu exercia na Ditadura Militar.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PODER DEPENDENTE


O homem é um ser imperfeito, as leis não são perfeitas, este somatório resulta numa justiça cavernosa. Mas a democracia permite opinar na direção de uma melhoria e assim projetar uma sociedade com menor imperfeição. Refiro-me às nomeações do Presidente da República à Ministros do Supremo Tribunal e dos Tribunais Superiores, dos governadores dos Estados à Desembargadores. Isso tem um odor de promiscuidade. Não consigo enxergar a independência do judiciário. O perigo reside nos bastidores, ninguém, a não ser a cúpula, sabe o que ocorre por lá. A transparência é impossível, e as negociações movidas pelo Poder acontece e tudo pode terminar como o executivo quer, portanto, é necessário racionalizar uma maneira mais salutar de se nomear ministros e desembargadores no judiciário. Quem sabe, não seja essa a razão que até hoje o presidente Lula possa bradar pelos seus palanques, que mensalão nunca existiu, que mensalão foi uma tentativa de golpe da direita, que ele foi vitima.

Impecáveis

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

"ETERNO EMERGENTE"


A Coréia do Sul é rica, economicamente bem superior ao Brasil, pode ser considerada desenvolvida. Na década de 70 em pleno milagre econômico brasileiro, a Coréia do Sul era paupérrima e o Brasil era emergente. Quarenta anos depois o Brasil continua emergente e a Coréia do Sul é rica. Onde está o erro?
O empresariado brasileiro tem provado competência e eficiência. Mas de repente uma decisão do governo de retirar dinheiro do mercado para desaquecer a economia por temor à inflação que ameaça sair do controle.
Algo errado no governo interfere na economia. Estes erros são conseqüências de equívocos. Troca de valores, as verdadeiras ações para viabilizar o país passaram a ser criminosas. A prioridade eram as onerosas inaugurações de obras, e constituir palanques. Isso gera visibilidade e dividendos eleitorais. Esqueceram de governar, de definir prioridades, paralisou-se as reformas, atiraram a sociedade contra privatizações, gastou-se descontroladamente.
Avançamos muito, porque no inicio dos anos noventa do século passado, acima de 55% da economia era de gestão governamental, hoje está abaixo de 20%. A estagnação do processo é perigosa porque corremos o risco de sermos um “eterno emergente” um país do futuro. Até imagino daqui a 30 anos o Brasil no grupo dos emergentes, com certeza não estarão mais China, Índia, e Rússia, conseguiram o status de rico. Os emergentes serão nessa época, Brasil, Bolívia, Paraguai, Serra Leoa etc.

eterno emergente


Em Ouro Preto, em outubro de 2009. lançamento do PAC das Cidades que prevê investimentos de 890 milhões de reais até 2012

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

DESMANDOS DA PETROBRAS



O que nos encanta no Lula são seus ímpetos com frases de efeitos. Se referindo a Petrobras, falou “desmandos da Petrobras durante o século XX”. De certa forma ele tem razão, no entanto seria bom esclarecer, que desmandos foram esses? Existia sim, no monopólio da estatal que deixou o país dependente da importação por mais de 50 anos. Em 1997, sob protesto da esquerda, foi quebrado este monopólio. A empresa era de baixa lucratividade e sem capacidade de investimento produzia mais dependência que petróleo. Na época essa situação agradava o atual Presidente porque também foi contra a quebra do monopólio da Petrobras. A conseqüência dessa ação foi a entrada de 41 empresas nacionais e estrangeiras e investimentos de bilhões de dólares em sísmica, perfuração, desenvolvimento e produção de poços. Em agosto de 1997, o país produzia 850 000 barris de petróleo por dia. Em março de 2003, essa cifra já havia subido para 1,6milhão. Em 5 anos (1997 a 2002) a Petrobras dobrou a produção. No entanto isso não aconteceu nos 8 anos de Lula. A nossa sorte foi que governo atual, assumiu com este benéfico ato realizado, senão, os demandos não teriam cessados e, estaríamos importando cerca de um milhão de barris por dia e a sociedade achando que isso era natural.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ESTADO MÁXIMO


Duas pessoas me perguntaram se Dilma fará um bom governo. Eu respondi que até o momento ela tem expressado tendência a uma austeridade fiscal, isso é bom. Porém ela poderá ter problemas com a base política e sindicatos, por outro lado tem a questão ideológica. É que a futura presidente e seu partido estão se adaptando a uma convivência com o capitalismo. Ainda não se libertaram totalmente da idéia estatizante. Isso dificulta a organização do Estado e, nesse momento de perspectiva da volta do crescimento mundial a maior contribuição do Estado é o retorno à organização das contas públicas. Desonerar o Estado para se poder fazer uma reforma tributária. Como isso será possível se o país necessita rapidamente de tanto investimentos em infra estruturas? Continuar as privatizações. Aeroportos, Portos Hidroelétricas, Trem Bala etc., a iniciativa privada constrói. O governo deve direcionar os impostos, principalmente, para Educação, Saúde, Segurança Habitação e Saneamento Básico. Isso não é tornar o Estado Mínimo. Afinal, quem tem o poder regulatório, não pode ser considerado mínimo. Pelo contrário, não atrapalhando pela desorganização torna-se um Estado Máximo

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

NEOLIBERALISMO


A evolução do capitalismo no século XVI apresentava uma desenvoltura que esbarrava em um dos problemas, o mercantilismo, onde o Estado interferia substancialmente na economia e nesse momento feria umas das leis mais importante da economia que era a competitividade. Não há como competir com o Estado, daí surgiram correntes a favor do liberalismo econômico, onde o Estado ficasse fora da economia e o mercado fluiria pelas leis naturais.
No inicio do século XX, se admitia regulamentação e uma pequena intervenção do Estado, chamou-se então de NEOLIBERALISMO.
As reformas administrativas de Getulio Vargas foram contrarias a esses princípios. O país se tornou ambíguo com economia Estatal e Capitalista onde a primeira desfazia o que a segunda construía, caminhamos em direção a pobreza, com ausência do Estado naquilo que era essencial e que daria suporte ao desenvolvimento do país.
Veio o Costa e Silva repetiu os erros de Getulio Vargas, criando em suas reformas administrativas mais de 300 estatais, resultou num milagre econômico de pouca duração. Culparam o aumento do preço do petróleo. Não foi, mesmo que o petróleo tivesse mantido o seu preço de U$ 3,00 cairíamos no mesmo colapso que mergulhamos na década de 80.
Então Collor de Melo depois de um vasto período de desastroso governo, deu o pontapé nas estatais iniciando as privatizações. Acredito que ele nem sabia que atirava o país para o Neoliberalismo. A esquerda gritou contra, infernizou, mas, prosseguimos. O país começou a mudar, a credibilidade dos mercados brotaram e rapidamente as reservas avolumaram-se.
Itamar, mesmo de má vontade continuou o processo e finalmente FHC acelerou sem, no entanto, consolidar.
Em 2003 a Esquerda assume o governo com um Projeto ambicioso de Poder, criticando, mas sem alterar o processo de avanço do Neoliberalismo no país, a principio.
As esquerdas, assim como muitos intelectuais, tem um inflexível discurso. Embora tenham falhado no mundo inteiro, eles não revêem. Não perceberam a queda da muralha de Berlin, e quando as coisas se acomodam repetem os erros, paralisam o processo, criam novas estatais e ressuscitam outras, afinal os prejuízos não são visíveis ao eleitorado. O importante é salvar o discurso e não país. Bonito, é se declarar socialista. Percebem, mas não admitem que é o liberalismo econômico que está dando certo, portanto, é necessário execrá-lo, faz parte do belo discurso da esquerda. Os bons resultados responsabilizam o Presidente, ele sim, é milagroso, consegue transformar o país sem fazer reformas. É um verdadeiro milagre.

COERÊNCIA POLÍTICA


O Fernando Henrique Cardoso é um neoliberal, não sei se ele admite isso. O PSDB é Centro, não é Direita e nem Esquerda, na verdade não é nada, provou isso nas duas últimas eleições para Presidente. Não é partido, como a maioria é um aglomera mento de políticos com objetivos de Poder. Não defende um Projeto para o país, é a indefinição que ameaça o Brasil a permanecer na mesmice, na dependência externa. Sugestionar o eleitorado de que privatizar foi um mal e não uma solução, o PT gera um mal irreparável para o país. Estagnou o processo e agora inicia um procedimento inverso.
Todos políticos trabalham em favor dos mais carentes, o problema é a falta de coerência. Se algumas reformas, produzidas no passado, estão frutificando no momento em favor dos mais carentes e, essas beneficias podem cessarem com a paralisação delas, não se percebe uma preocupação por parte dos políticos com relação ao fato. Então, o importante é transparecer, é só discurso, é enganar, tudo é marketing. Todos são contra o neoliberalismo, nenhum político tem coragem de se declarar neoliberal. Não é o Lula que faz a economia prosperar, ao contrário pelo fato de abandonar o processo de privatizações, crescemos pouco e corremos o risco de um crescimento sustentável não acontecer. O Lula só não foi um desastre porque manteve os fundamentos da economia implantado pelo governo passado. Mas a condução não foi boa, tanto que o tripé que sustenta a estabilidade (metas de inflação, ajuste fiscal e cambio flutuante), virou bi pé, pois, ajuste fiscal já foi para o espaço. Este ano tereremos um crescimento significante em razão de termos decrescido no ano passado -0,2, como é medido sobre o desempenho do ano anterior em percentagem qualquer crescimento parece formidável.
A coerência obrigaria o político perceber que os países que mais se desenvolvem fazem com o neoliberalismo. É o caso do Peru que tem taxas de crescimento maiores que o Brasil, e tira da linha da pobreza com velocidade maior que a nossa sem artifícios de bolsa família. É o caso do Chile que passou a nossa frente após as privatizações. Aqui no Brasil o presidente valoriza países que deram errados: Cuba, Bolívia, Venezuela. Quem se encanta com quem dar errado certamente dará errado também.
O PSDB não defende o neoliberalismo porque isso é coisa da Direita, e o PSDB não é Direita. É o que?
Na verdade os políticos gostam da imensidão de pobres, expressam suas bondades em vozeirões ou distribuindo dinheiro, assim se mantêm no Poder. É fácil fazer caridade com o suor dos outros. Pensar em ações para viabilizar o país tornando-o mais competitivo para evitar fugas de empregos para outros continentes. Isso, nunca. As privatizações deram uma boa competitividade ao país, atacá-las com fins eleitoreiros é uma perversidade, é falta de compromisso com o país, é repetir o terrorismo de 2002 que produziu fugas de capital e de investimentos. Acreditar nessas pessoas que se dizem boazinhas é difícil.

COERÊNCIA POLÍTICA

sábado, 13 de novembro de 2010

CADÊ O MOURA?


VALOR FINANÇAS de 29.05.06
Gente boa é o Moura, conheci no final do século passado na era FHC, era cliente dele, me fornecia bebidas de uma distribuidora. Alegre e sempre conversador nos tornamos amigos, pois gostava de conversar com ele. Quando eu falava bem de FHC, ficava calado. O tempo se passou, ele saiu da distribuidora mas, de vez enquanto me visitava. Finalmente chegou 2006 e, foi emplacada a vitoria do Lula no segundo turno, o Moura apareceu lá em casa muito sorridente pedindo uma cerveja para brindar a vitoria do Lula. Abri uma garrafa de cerveja e completei 3 copos pois um outro amigo nosso ex colega de serviço do Moura estava presente
-Vamos brindar a vitoria do Lula, falou o Moura muito festivo
Enquanto os copos se encontravam eu falei:
- Para o bem dele e infelicidade do país.
- Mas ele pagou a dívida do FMI, desdenhou sorridente
Deixei a sala em silencio e apanhei um cronograma de desembolso publicado no jornal VALOR, onde consta todas as parcelas pagas pelo Brasil ao FMI, e mostrei para ele, explicando que a dívida do FMI, começou a ser pagar em 1983 no governo de João Batista Figueiredo. Todos presidentes pagaram rigorosamente em dias, somente Sarney deu moratória de alguns meses, mas, voltou a pagar normalmente. O Lula concluiu o pagamento do FMI. Qualquer um que fosse o presidente na época teria terminado o pagamento, continuei falando para o Moura. O Lula faz isso porque sabe que 90% da população é como você, desconhece os fatos e, então, prevalece a esperteza. Moura, pálido, me olhou espantado terminou o seu copo de cerveja disse até logo e nunca mais apareceu. Nunca mais o vi.
O Brasil é cheio de mouras, principalmente aqui no Nordeste, com a cumplicidade da imprensa, pelo temor de perder contratos milionários, fica difícil os mouras terem informações sadias. Os noticiários com informações tendenciosas passadas pelo crivo da própria emissora. Então, prevalece a esperteza. Os mouras acreditam que Lula pagou sozinho toda dívida do FMI, mas, assim que a informação foi repassada para a população pelos meios de comunicação de massa. Não foi possível a imprensa informar a população que no final do governo FHC a dívida com o FMI já estava fortemente reduzida. Houve um acordo de 30 bilhões de dólares feito pelo FHC em 2002 que seria totalmente desnecessário, e não estava nos planos do governo de fazê-lo se o Lula e o PT não tivessem aterrorizado o mercado provocando fugas de Capital. Desse dinheiro o FHC usou 6 bilhões, e deixou os 24 bilhões para ser utilizado pelo governo seguinte caso fosse necessário. Não foi necessário, pois acalmado o mercado os dólares começaram a retornar. Lula devolveu ao FMI.
Um agravante nesta historia da quitação do FMI, conforme vários economistas, é que o governo teve que buscar recursos em títulos da dívida pública com juros altos em torno de 12,5% na época, para quitar um dívida de juros de 4%. Pagando em janeiro de 2006 uma dívida que venceria em dezembro de 2006. Constituindo, portando, conforme Flavio Morgenstern, A farsa quitação da dívida externa Veja o cronograma de desembolso, e analise os valores acima

VALOR FINANÇAS, de 29.05.06

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

ESPERTEZA & COMPETÊCIA


A diferença entre o PSDB e o PT, é que o PSDB sobrevive pela competência administrativa e o PT pela esperteza. Portanto, os marqueteiros do PSDB devem ter mais conhecimento do que esperteza. Já os marqueteiros do PT só necessitam da esperteza.
A infelicidade do PSDB nas duas últimas campanhas para presidência da República, ocorreram porque o partido optou pelo jogo do PT, a esperteza. Abandonou a possibilidade de estimular durante os últimos anos a racionalidade econômica no eleitorado brasileiro e deixou o PT livremente no processo depreciação das ações de FHC. Principalmente no que diz respeito as privatizações. Acreditar que o PDSB desconhecesse essa possibilidade é impossível. Talvez, julgara que, optando pelo silencio seria o caminho mais fácil. Faltou a característica de partido político, defender aquilo que acredita ser o melhor para o país. O neoliberalismo iniciado pelo Collor, seguido pelo Itamar e concretizado pelos Tucanos e que prosseguiu com Lula, embora com falhas de condução, é o que frutifica
A ausência de resposta às criticas e comparações. Uma vez questionado as privatizações o PDSB deviria reagir com uma pergunta singular: Seria possível, ao país, essa saúde econômica vivida no momento sem privatizar?
Quando se chega a conclusão de que privatizar foi bom, os reacionários questionam valores. O melhor da privatização não foi o ganho na venda e sim o que se deixou de perder ao longo do tempo com a mudança de gestão.
As comparações feita pelo presidente Lula e o PT abertamente na mídia são esdrúxulas. Não há como comparar resultados, porque os resultados atuais são decorrentes de ações anteriores. O fluxo da economia é movida por reformas administrativas, e essas reformas não foram do presidente atual, pelo contrário, por paralisa-las, compromete-se o futuro dessa evolução.
FHC herdou um país com uma série de problemas: uma moeda que necessitava de um ajuste fiscal para sobreviver, sistema financeiro quebrado, parque industrial obsoleto, etc. Tudo isso foi resolvido. Lula recebeu um país bem melhor que FHC. A alegação do PT que o país estava em desordem econômica em 2002, não procede. As dificuldades na economia naquele período, foram causadas pelo PT com o documento de 16.12.2001 “A RUPTURA NECESSARIA” com ameaças de mudanças nos rumos da economia gerando fugas de capital em alta escala. Portanto nada haver com a condução. Tanto que ao assumir e confirmado a permanência dos fundamentos da economia do governo anterior, voltou-se à normalidade.
Se o ajuste fiscal foi importante para estabilidade da moeda o governo atual vai entregar para a sucessora em desequilíbrio fiscal, portanto não vai deixar o país melhor do que recebeu, embora a economia esteja em fluxo maior. O que significa essa incoerência?
As reformas administrativas são ajustes que o governo executa para fertilizar a economia. Quando isso paralisa é sinal de problemas futuros. Desequilíbrio fiscal é uma desorganização do governo que se for duradora contaminará a economia. Isso já começou. Com a necessidade de cobrir os déficits o governo necessita de vender mais e mais títulos da dívida pública, para tanto aumenta-se os juros, conseqüentemente maior entrada de dólares e valorização do real, e dificuldades nas exportações. Por outro lado, o governo necessita de maiores impostos e com certeza o governo Dilma deverá ressuscitar a CPMF, ferindo a competitividade do país que já é ruím.

sábado, 5 de junho de 2010

BRASIL PEDE SOCORRO



O Brasil é governado por um presidente que não gosta de ler e nem sabe fazer conta, está direcionando o país para uma hiperinflação. As privatizações de Collor, Itamar e Fernando Henrique que fortaleceram e deram mais vitalidade a economia brasileira, fora isso, já estaríamos mergulhados nela, causada pelos déficits financeiros produzidos pelo atual governo, obviamente com o aval da sociedade brasileira que apesar do tempo ainda continua formadora de súditos como era antes de 1889. O súdito vê mais não enxerga, não questiona, não opina e continuamos súditos porque na mudança de monarquia para república fomos educados por monarquistas e como monarquistas continuamos educando nossos filhos da mesma forma até os dias de hoje. Somos educados para acreditar que Jesus Cristo é filho de Deus e que dois mais dois são quatro, assim como era na monarquia. Nossas escolas não nos ensinam a pensar, são formadores de robôs, as vezes excelentes robôs. Quando provocados, falamos com um olhar apático: detesto política, detesta não, é acomodação mental que não permite raciocinar gerado pela má educação ao longo de décadas de escolas que não sabem preparar o cidadão. Formam excelentes cirurgiões , engenheiros, mecânicos etc, mas não estimula o raciocínio, a percepção para melhoria da relação de vida a perceber que temos uma Constituição que não satisfaz e que o governo não pode rasga-la, só nós, se fossemos de fato republicanos. Mas, como fazer? Se nos tornamos refém do desconhecimento. Se não sabemos resolver. Vamos deixar assim mesmo. Vamos permitir que ela aumente a violência e como monarquistas vamos esperar um presidente imperador que resolva. O brasileiro sempre sonha com um Imperador que agisse de forma caridosa e conduzisse o país às mil maravilhas a um final feliz, sem mudar nada. Só na conversa do desperdício. Vamos botar a polícia nas ruas, aumentar a verba da segurança, criar um ministério para combater a violência, vamos, vamos, vamos... Mas as leis não mudam. Não podem. A constituição não permite. Tratam a periferia do tumor, mas não podem mexer na ferida e, ela vai se alargando, até que o Brasil torne-se “Juarez” cidade do extremo norte do México, onde a violência está desertificando a cidade pela forte ação de traficantes. Passiva, a sociedade brasileira não percebe que as autoridades há muito tempo perderam a guerra contra o tráfico de drogas, e descriminalizar-las não leva consumo em massa. A sociedade não acredita na educação, na conscientização, como iniciada nos meados da década de 90 que reduziu muito o consumo do cigarro. A sociedade prefere que o crime organizado continue vitimando inocentes, e permaneçam explorando as cumplicidades das leis que tornam os tribunais impotentes. Os traficantes, estes sim, raciocinam. Raciocinam para o mal, para se tornarem cada vez mais poderosos, tirando proveito das fragilidades das leis.

terça-feira, 11 de maio de 2010

PAC, FESTAS & CIA


PAC, FESTAS & Cia.
A ex-ministra Marina Silva falou sobre PAC Programa de Aceleração do Crescimento, o seguinte: “O PAC não é um Programa, é colagem de obras. Tem coisas que são repetidas a cada PAC. Alguma coisa nessa marmita está requentada.” Em poucas palavras Marina definiu bem o PAC. Ele não é um Programa são obrigações constitucionais que normalmente eram executadas e, que num momento de sentimento vazio o governo batizou com esse nome. Foi o batizado da salvação de um presidente que não governa, mas vive constantemente num palanque eleitoral. 

Os Estados e Municípios não possuem mais Projetos todos passam a ser do governo federal. O prefeito sente a necessidade de um hospital em seu município, elabora o Projeto e entra no Ministério da Saúde solicitando os recursos para a construção se comprometendo com a contrapartida prevista em lei. O Projeto sofre analise de praxe etc., aprovado, saí encapado com o nome de PAC , só parece que este foi o primeiro hospital financiado pela União. Outro prefeito sente a necessidade da construção de casas populares faz o Projeto e vai para o governo Federal solicitar os recursos, novamente o Projeto sai apelidado de PAC e assim por diante. Tudo o que se faz agora é do PAC criado pelo Governo Lula e o Presidente faz questão de inaugurar todas as obras mesmo iniciadas em governos anteriores porque agora são do PAC, e ainda reclama “Poxa botaram o meu logotipo ali do ladinho da placa, tem que ter mais visibilidade”. Com plateias preparadas e sem o devido questionamento da imprensa, se faz uma festa. “Precisamos ganhar as eleições para prosseguir com o PAC, porque querem acabar com o PAC. Esse Programa tão bom criado pelo Presidente Lula.” Insulto a nossa inteligência. Chamaram-me de trouxa e ainda pediram o meu voto. E o tempo vai passando. 

O Presidente Lula mostrando muito trabalho, estafado, estressado, em crise de hipertensão, com falta de ar e palpitação, coitado tudo para melhoria do meu povo sofrido, em cima de um palanque numa obra executada pelo prefeito ou pelo governador, e enquanto tudo é motivo de onerosas inaugurações ele não percebe o comentário de alguém na imprensa, indignado, que se atreve a demonstrar o descaso com a segurança. Alexandre Garcia falou: “ontem morreram 18 em Bagdá aqui há muito tempo a média de assassinatos violentos ultrapassam a 200 sem contar com o transito”. Ah! É isso mesmo, sempre foi assim, pra que mudar o povo está muito satisfeito com meu governo. Já mandei recursos para os Estados, fiz minha parte. A segurança pública é de responsabilidade dos Estados, o governo Federal dar o aporte financeiro. Mas se todos os Estados falham o problema é da União e se a maior causa da violência é do tráfico de drogas e de armas é da responsabilidade do governo Federal. Acredita o governo que solucionar tais problemas não é governar. Governar é inaugurar as obras dos prefeitos dos Governadores ou das estatais que apelidaram de PAC.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

ECONOMIA BRASILEIRA

ECONOMIA BRASILEIRA
O fato da economia brasileira ter encolhido 0,6% no ano passado, quando se esperava um crescimento de pelo menos 2,5% gera dois momentos de reflexões. O primeiro com o excesso de otimismo que o governo eficientemente produz com objetivos eleitoreiros, conduzido por um aparato de marketeiros e auxiliado pela mídia. Este excesso de otimismo, disse uma vez Mirian Leitão: “já prejudica a economia brasileira”. Acontece que favorece a entrada de capital especulativo que ajuda a valorizar o real.

O segundo momento de reflexão é encontrar uma saída. O que falta ao Brasil? Um país privilegiado pela natureza, pois temos todos os recursos naturais necessários para o desenvolvimento, a começar pelo fato de que possuímos a maior área agricultável do planeta.

Não é difícil sintonizar os problemas. O governo diretamente não é mais o grande responsável pelo crescimento econômico do país, ele já não produz quase tudo como outrora, mas é o responsável de criar um campo favorável para estimular o crescimento econômico.E isso não se traduz nas ações do governo de ressuscitar SUDENE, SUDAM, etc. e nem desviar dinheiro do contribuinte para fortalecer a sua rede de bancos oficiais no intuito de financiar a economia. A era getulista deve encerrar. Salve Collor de Melo que iniciou a caminhada neste sentido e Itamar que prosseguiu, Fernando Henrique deu passos largos e agora Lula quer ressuscitar.

Aquilo que já falei. O governo atual não consegue semear. Pois é, ele não prossegue as reformas necessárias para estancar fugas de investimentos de empresas brasileiras para outros países, principalmente para a China. Reconhecer a China como Economia de Mercado não pode ser um ato de amizade ideológica, ou uma mercadoria de troca. Primeiro se deve ter certeza se a China pratica economia de mercado. Segundo como é a legislação trabalhista por lá? É onerosa e complicada como a daqui? Aí vem a questão da coerência. Se o PT como partido dos trabalhadores não quer abrir mão de direitos trabalhista como sujeitar a economia brasileira a concorrer livremente com um pais que não existe tantos encargos sociais.

Uma outra questão é a desoneração do Estado. Neste campo o governo atual encontrou uma folguinha deixado pelo anterior, achou bom, ocupou e ampliou os gastos, e o pais já apresenta deficit nas suas contas públicas. Por outro lado, a boa informação nos falta. temos uma imprensa que não ajuda com eficiência. A revista VEJA, eu considero a  independente, tanto que é a única que recebo toda semana, mas vejamos o que Benedito Sverberi escreveu no espaço ECONOMIA na edição de 17 de março de 2010, pagina 82. 
“Anunciado na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, o produto interno bruto (PIB) soma de toda a riqueza produzida pelo país, teve retração de 0,2% em relação a 2008. Uma primeira interpretação possível é que a economia doméstica se saiu muito mal. Em termos comparativos, no entanto, o Brasil não fez feio. Nas nações desenvolvidas a crise financeira global bateu com muito mais força. A queda do PIB foi de 5% no Japão; de 4,1% na zona do euro (grupo de países da União Européia que adotam essa moeda); e de 2,4% nos Estados Unidos. Outra boa notícia é que o PIB do ano passado retrata algo já superado”.

Infelizmente Sverberi esqueceu de separar os grupos. O Brasil não está no grupo dos países ricos, onde a crise financeira global foi mais acentuada. O Brasil faz parte do Brinc (Brasil Rússia Índia e China) que cresceram: Rússia 4,8%; Índia 5,6%; China 8,7%. As vezes me pergunto: o que faz o Brasil no BRINC? Foi o único que fez feio e muito feio, e se saiu muitíssimo mal. Ao mesmo tempo joga uma pá de otimismo muito forte com a notícia de superação nos primeiros meses de 2010. Claro, como o crescimento do PIB deste ano é medido sobre o ano anterior em percentagem, portanto se em 2010 o PIB repetir o volume de 2008 a economia do país cresce. Desta forma, é possível o Brasil apresentar um resultado melhor em 2010 crescendo pouco. Uma boa imprensa tem o dever de informar bem. Na mesma reportagem de Sverberi ele omitiu o crescimento da economia em 2003 que foi de 0,1% , no gráfico referente ao período de Lula. Isso porque na verdade o resultado havia saído em -0,1%, mas por uma alteração na forma de medição, conseguirão positivar um resultado que saiu em primeira mão negativo. O pífio crescimento de 2003 não foi de responsabilidade do governo Lula, mas foi de responsabilidade da campanha eleitoral predatória do LULA e de seu partido em 2002. Notem a calmaria do mercado nesta campanha de 2010. Nenhum dos prováveis vencedores está ameaçando de mudanças radicais no rumo da economia.

O governo atual não mexeu nos fundamentos da economia deixado pelo governo anterior, mas, não prosseguiu no processo de fertilização para um desenvolvimento mais robusto. O Brasil pós ajustes fiscais, estabilidade monetária teria que prosseguir na desoneração do Estado. Desonerar o Estado é o caminho para se fazer uma reforma tributária necessária e não uma reforma que une e muda nome dos impostos, e o peso continua o mesmo. É trocar 6 por meia dúzia. Não basta ter um exacerbada confiança no Meireles, ele é muito bom, ótimo, ninguém pode negar, mas ele não está acima das leis da economia . São leis inflexíveis, não perdoa desobediência, ela torna o país uma grande empresa que deve obedecer as regras da competitividade. Se Brasil não conseguir continuaremos só na promessa e, de crescimento melhor no futuro.
Um outro grande erro é comparar crescimento econômico de um governo com outro. Na verdade o melhor governo deve-se traduzir pelo trabalho que foi realizado para fertilizar um ambiente de negócios, para fluir o crescimento econômico. Como o atual governo andou na contra mão deste objetivo onerando muito o Estado, o Brasil não terá crescimento econômico satisfatório no próximo governo seja ele de Dilma ou de Serra. Crescimento acima de 7% é que o país necessita. O desafio do próximo governo será árduo pois terá de tomar medidas antes populares para recuperar o equilíbrio das contas públicas e definir com racionalidade as prioridades de gastos em investimentos.

terça-feira, 9 de março de 2010

LULAxFHC


LULAxFHC
Existe claramente uma preocupação do primeiro escalão do governo Federal de comparar ambos governos no intuito demonstrativo de uma superação do atual sobre o anterior. Numa visão imediata parece que o governo Lula tem mesmo uma boa superação, é um assunto interessante apesar de muitos dizerem que não há comparação pois o atual é uma seqüencia do anterior. No entanto, tenho minhas dúvidas. Para essa análise não carece de tanto conhecimento, só de uma atenção mais apurada. É oportuno lembrar as palavras de Lya Luft. “Estar informado e atento é o melhor jeito de ajudar a construir a sociedade que queremos, ainda sem ações espetaculares”. Portanto acho salutar e até mesmo necessário essa comparação:
Fernando Henrique Cardoso herdou um país com uma contabilidade pública onde o orçamento superava demasiadamente a receita, não só pelas extravagâncias, mas principalmente pelas obrigações constitucionais, e uma moeda lançada no governo anterior que dependia de uma organização nessas contas para sobrevivência.
FHC. Impôs aos Estados e Municípios uma organização e criou a lei de responsabilidade fiscal, ou você pensa que o Real vingou por acaso? Negativo FHC teve que tomar medidas antipáticas, que Sarney não se atreveu. Por isso que nenhum plano econômico dele logrou êxito.
FHC continuou as privatizações iniciadas no governo Collor de Melo, você achou ruim? Sabe o que significa isso? Tirar a economia da mão de quem não sabe gerir e colocar em seios eficientes, tornando-as mais competitivas e desonerando o Estado. Empresas que antes sugavam o Erário Público, passaram a engordar-lo, com pesados impostos. Assim facilita ações sociais,
O Sistema Financeiro em 95, quebrado, falido e um processo de recuperação criticado pela oposição, que só se via maldades e, é, graças a esse sistema financeiro saneado que, ampliou-se o acesso ao mercado, com longos prazos estimulando o crescimento da economia.
O parque industrial brasileiro obsoleto, produto interno rejeitado pela população. O sonho de consumo do brasileiro era comprar produto importado. “No Brasil só te carroças”. Disse o ex presidente Collor de Melo se referindo a industria automobilística brasileira. Acontecia que a mesma montadora que produzia bons carros no exterior, aqui, produziam carros ruins. Por quê? Para produzir carros modernos teriam que fazer altos investimentos, na verdade construir novas fabricas, mas o país na suscitava credibilidade para tanto risco. A credibilidade veio pela nova forma de estabilizar uma moeda buscando-se o equilíbrio das contas públicas. Aí os investimentos fluíram e em pouco tempo o parque industrial brasileiro foi modernizado.
Apagão de 2001. Faltou energia para o país continuar acrescer dando prosseguimento a alavancada de 2000 em torno de 4%. A oposição gritou culpando o governo por baixos investimentos no setor e o PSDB se calou. Na verdade o culpado era o modelo a idéia estatizante onde só o governo teria que fazer investimentos no setor. FHC mudou e permitiu investimentos privados tirando o país de risco de novos apagões. É bem verdade que Lula investe mais que FHC no setor energético, o país tem, hoje, muito mais possibilidades mas, se não fosse os investimentos do setor privado, não seria necessário uma seca como a de 2001 para repetir novos apagões.
LULA herdou um país onde as contas apesar de organizadas, havia uma convulsão na economia, não por erro de condução mas, motivada por incertezas do mercado diante de um novo governo que prometia mudar tudo seguindo as diretrizes do documento de Pernambuco de 16 de dezembro de 2001. O temor era medido pelo volume de remessas enviadas para o exterior, causando uma desvalorização no Real, para reverter o problema só foi preciso nomear o Henrique Meireles para o Banco Central e explicitar para o mercado que nada mudaria na condução da Política Econômica, aí tudo tomou rumo à normalidade.
No governo Lula conquistamos a auto suficiência do Petróleo. Beleza. Como aconteceu essa conquista? Em 1997 a Petrobras completando 44 anos de existência não conseguia produzir mais que a metade de nosso consumo. Aí o governo na época sancionou a lei 9.478 de 6 de agosto de 1997, quebrando o monopólio estatal do petróleo permitindo que empresas explorem e refinem o petróleo, que, até então, era prerrogativa da Petrobras. Também autorizava parcerias na prospecção e, assim, centenas de projetos surgiram com investimentos acima de 1,5 bilhões de reais. Investimentos que avolumaram no ano seguinte para um montante superior a 6 bilhões por ano. A quebra do monopólio teve um efeito quase imediato na produção de petróleo que em agosto de 1997 a produção era de 850.000 barris/dia, cresceu até março de 2003 para a cifra de 1,6 milhão barris/dia .
A taxa de desemprego no governo Lula é menor que a de FHC. Verdade, o país teve que passar por uma modernização do parque industrial. Uma fabrica têxtil que empregava 1200 operários, modernizada, passou a funcionar com 130. O sistema financeiro acabou com as famosas baterias e com a informática reduziu drasticamente o pessoal. A recuperação seria com o prosseguimento do processo. No entanto, muito lento agravado pelo reconhecimento da China como economia de mercado ação do atual governo que não tem idéia de quantos empregos migraram daqui para o continente asiático.
O Lula pagou o FMI. Proeza, e foi assim que anunciaram. Verdade, o Brasil concluiu o pagamento do FMI em 2005, mas não foi em 2003 que o Brasil começou a pagar esta dívida. Ainda no governo de João Batista Figueiredo em 1983 o país iniciou o desembolso e de lá pra cá todos os anos o Brasil cumpria religiosamente em dia, exceto no governo Sarney foi dado moratória por alguns meses, mas o Brasil voltou a liquidar um montante renegociado no valor de US$ 504 bilhões com o FMI. Esta divida era uma fera indomável nos anos 80 quando o país declinava para as profundezas de uma ruína em decorrência de uma economia estatizada (acima de 50%), sem competitividade. Já nos primeiros anos do novo século a fera já parecia domada e os pagamentos das parcelas eram pagas sem muitas dificuldades. No final do último ano do governo FHC foi feito um acordo que seria desnecessário se não fosse as ameaças de campanha do atual presidente, causando uma evasão desenfreada de dólares. Neste último acordo de US$ 30 bilhões, o governo disponibilizou ao mercado US$ 6 bilhões para conter a queda do real e deixou US$ 24 bilhões para o governo seguinte utilizar. Não foi necessário, portanto foi devolvido ao FMI. Lula, então, concluiu o pagamento do FMI.
O Lula sancionou o pro uni em 2004. Mas partindo do principio de que o Lula e o PT criticavam o estimulo a criação de Universidades privadas, dada pelo governo anterior alegando o sucateamento das Federais, e considerando a ideologia estatizante, certamente não teria tal iniciativa conseqüentemente, não haveria razão da criação do pro uni.
No governo Lula o pobre melhorou e continua melhorando. Na verdade o pobre começou a melhorar com a estabilidade da moeda, com este evento surgiu maiores estimulo a se fazer microscópicos negócios, com vendinha de merenda numa bicicleta e deu oportunidade ao excluído acumular
Para não tornar longa demais a conversa paramos por aqui e, dessa forma é fácil concluir que Lula somente colhe, o que FHC plantou, e o povo só ver frutos na mão do petista, lógico, auxiliado pela mídia. O drama do país, é que o presidente atual,parece, não saber plantar, e futuro é ameaçado pela má gastança que só ajuda a ampliar o deficit nas contas públicas e aumentar a dívida interna, e o Real? que se cuide.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

MARCO ZERO



Atualmente o presidente Lula tem se esforçado para caracterizar o Marco Zero na economia brasileira. O que seria isso, como se a organização da economia nacional tivesse um reinício em 2003. Falta conhecimento e sobra pretensão. Com certeza, acredita-se que a saúde econômica vivida no momento ocorreria sem as privatizações, neste caso o marco zero teria início no governo de Fernando Collor de Melo. Esse otimismo não aconteceria sem um sistema financeiro saneado, e sem uma moeda estável conseguida com o equilíbrio das contas públicas, neste caso o marco zero seria no governo Fernando Henrique Cardoso. Vale lembrar que o Lula e seu partido conspiravam contra. Votaram, inclusive, contra a lei de responsabilidade fiscal.
O país deve ao Lula a sensatez de não conduzir a nação dentro dos princípios ideológicos traduzido no documento a ruptura necessária publicada em 16 de dezembro de 2001 em Pernambuco, nesse documento o PT informava o que seria o governo Lula, brincadeira que quase custou a existência do real.