segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CAMARADAS



Na última postagem me referi ao golpe militar como um repelente do regime comunista no Brasil. Minha intenção não é defender o golpe militar, pois não defendo nenhuma ditadura seja de esquerda ou de direita.

A nossa preocupação é expor os fatos e se contrapor aos aproveitadores de plantão que armam versões ao sabor de sua capacidade de angariar dividendos políticos. Dizem que lutaram contra o regime militar pela volta da democracia. Conversa fiada, o objetivo era a tomada do poder e implantação de uma ditadura comunista ou como também era chamada ditadura do proletariado.

Vera Silvia Magalhães, uma jovem de classe média alta nos anos sessenta, que participou de guerrilha armada forneceu, a TV CÂMARA, um depoimento antes de sua morte e disse o seguinte:

“Não era mais um movimento estudantil e sim um movimento social de tomada do poder, era isso que nós queríamos e transformação daquilo no socialismo. E não éramos contra a ditadura. Éramos contra a ditadura militar burguesa, mas éramos a favor da ditadura do proletariado. Isso ninguém diz, mas tem que dizer, faz parte da nossa história”.

Daí se explica porque as hostilidades só acontecem com as ditaduras de direita, enquanto para as criminosas ditaduras comunistas, existe uma atenção e uma propensão a caridade. Os ditadores cubanos cometeram crime em dois tempos. O primeiro foi no derramamento de sangue ao assumir o poder e outro durante mais de 50 anos conduzindo o que poderia ser uma prospera ilha para a pobreza absoluta.

Não só empresta dinheiro como vai pessoalmente promover um afago, é mudança de discurso sem abandonar o primeiro, pura contradição.

Eu acredito que as pessoas que pegaram em armas contra opressão militar, assim procederam pela utopia de uma luta por um sistema melhor, o comunismo, mas o tempo se encarregou de mostrar as debilidades do sistema, uma ilusão, portanto, o momento é da realidade e não mais da idealidade.

Ajudar quem se prejudicou por um erro, sem mudanças e ignorar as ações que por décadas deixaram um povo em situação precária é permanecer na inviabilidade. Portanto, Cuba precisa mudar, fazer reformas para ser ajudada. É muito difícil para quem não gosta de fazer reformas e, sim,de criticar quem fez, dar conselhos nesse sentido.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

DIREITOS HUMANOS


O partido dos trabalhadores preza muito pelos direitos humanos, criticam velozmente quaisquer ações desrespeitosas, desde que os infratores sejam países democráticos capitalistas. Quando se trata de países autoritários de esquerda isso é natural. Alias para os petistas ditadura maléficas são as praticadas por regimes consideradas de direita.

No Brasil a desastrosa ditadura de Getulio Vargas foi, para eles, uma passagem natural da nossa história, apesar de Getulio não ser de esquerda mais hostilizava, dentro do possível, o capitalismo de grande porte.

A ditadura Militar, considerada de direita, embora tenha evitado do Brasil se tornar uma Coréia do Norte, ou um país dividido é execrável.

A ditadura cubana que assassinou muito mais que a brasileira de 1964, que levou a população para pobreza extrema, merece aplausos. Desrespeitar os direitos humanos faz parte da liturgia cubana, merece apoio. Assim como no Iran, na coréia do Norte etc.

No caso do Iran por maltratar prioritariamente as mulheres, a presidente Dilma Rousseff, tem agido mais corretamente que seu padrinho.

Mas Cuba é uma ditadura de esquerda, portanto, o governo pode prender por motivação política, impedir a saída de desafetos para outros países, proibir pessoas a freqüentar um funeral para não haver possibilidades de manifestações contra o regime , etc. Lá tudo é permitido, tanto que a presidente brasileira deverá ir pessoalmente, na próxima semana, levar um empréstimo para ampliação do porto de Mariel em Havana. É dinheiro excedente da construção de nossa infra-estrutura que é péssima. Neste caso o Brasil se comporta como uma espécie de EUA das esquerdas. Já emprestou para o Equador, Venezuela, Bolívia, etc.

Yoani Sánchez é um tipo light de Dilma Rousseff dos anos 60, que nutre uma esperança de conseguir apoio do governo brasileiro para ter uma autorização, dos ditadores cubanos, para sair de Cuba. Yoani tem utilizado a precária internet para se manifestar contra o regime autoritário dos Castros e pede abertura rumo ao processo democrático.


direitos humanos segundo o PT

domingo, 22 de janeiro de 2012

DEMOCRACIA



Na corrida presidencial nos EUA, os republicanos se digladiam em busca de um candidato para o partido, e, assim, os americanos ensinam o procedimento democrático para formação de candidatos para disputa eleitoral.

Aqui no Brasil é diferente, quando dois políticos de um partido se declaram candidatos ao mesmo cargo, a mídia fala que o partido está dividido, e fornece combustível para infernizar a disputa. Parece que nossa imprensa desconhece como deve ocorrer esta corrida num sistema democrático, e prefere aplaudir as decisões unilaterais determinada pela vontade de uma única pessoa, como acontece no partido governista, quando o Lula decretou a escolha de Dilma e agora de Haddad para a prefeitura de São Paulo.


Dessa forma, o aparelhamento de comunicação abre mão de esclarecer e educar.

Com certeza, essa é a maneira mais fácil alcançar uma vitoria, principalmente quando não se respeita a legislação eleitoral, mas não é o melhor para o processo democrático.

domingo, 15 de janeiro de 2012

VALE TUDO



Depois da recusa do PT pela oferta de Kassab na intenção de indicar um vice do PSD na chapa de Haddad, Lula manda avaliar a proposta, contrariando os interesses políticos do PT em São Paulo.

Com a determinação do Cacique, os opositores de Kassab serão obrigados a mudarem as opiniões pessoais, sobre o prefeito que de ineficiente passará a ser eficiente.

As hostis relações entre petistas da câmara de vereadores e o chefe municipal, serão cordiais.

Na política, a corrida para ampliar, e se permanecer no PODER vale tudo. Assim caminha a nossa Democracia.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

PRESSA DE IR AO POÇO



É muito difícil ser oposição neste país, sem as emendas liberadas o parlamentar fica visualizado pelo eleitor como fraco, embora tenha uma boa atuação como parlamentar. Só parece que a função dos deputados e senadores é levar obras para suas bases. Existe, portanto, uma necessidade de correção nesse procedimento, senão a democracia corre risco de fugir do aperfeiçoamento.

Foi por este foco que Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo deixou o DEM e criou o terceiro maior partido o PSD. Não foi difícil formar a legião, é o medo vencendo a ideologia. Que ideologia? Afinal isso não garante reeleição. Isso é que importa, até aí é suportável. Dessa forma o PSD almeja ser base governista, se oferece para ser vice na chapa do petista Fernando Haddad na campanha para a prefeitura de São Paulo em 2012.

Não fica bonito para o Kassab que deveria, como prefeito, impor um candidatura do seu partido para concorrer o pleito, e não se deixar cair na tentação da bajulação com o Cacique, como se fosse da tribo.

Kassab teve a merecida resposta, um não, com acusações dos petistas, de que se trata de um ato de desespero, para pegar carona na popularidade de Lula. Muita pressa de ir ao poço.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

INFLAÇÃO 2011

Hoje saiu o índice de preço ao consumidor anual IPCA. Calculado pela Fundação Getulio Vargas, a inflação de 2011 ficou no teto da meta 6,5%. O governo festejou, senão ficaria de saia curta perante o mercado se desse 6,51 ou mais.

A mídia divulgou falando que a inflação é um problema mundial. Citaram os EUA que também, não ficou no centro da media da meta. Só que lá a meta é 2% e ficaram com uma taxa de 4%.

Apesar da crise que estão imersos, mais um resultado melhor do que no Brasil, isso porque lá tem uma infra estrutura muito boa. Na Índia, que ficou com 8%, valor superior ao brasileiro, aconteceu porque não possui uma infra-estrutura como nos EUA e também por representar, os cálculos, maior realidade. Aqui o IBGE calculou a inflação de aluguel, uma taxa de 5,1% em 2011.

Quem, em 2011, teve reajuste neste índice?

Novamente a promessa de que em 2012 a inflação será menor, e que o crescimento economico ficará maior, determinaram uma taxa de 5%

Só que o governo parece esquecer, que pelas ações recentes na economia, com afrouxamento fiscal, e infra-estrutura precária o país ficou numa situação que não combina crescimento economico com inflação baixa.

MEDIDAS ESTRUTURAIS



O governo está ganhando com a crise mundial, ele está sabendo utilizar a situação para camuflar a sua inércia, a ausência de medidas estruturais.

Na verdade, nem cumprir o orçamento o governo está conseguindo, é uma paralisia.

Estamos crescendo pouco por causa da crise, dizem.

Não é o caso dos demais países emergentes que sentem, mas nem tanto.

Na última postagem eu falei sobre o adiamento que o governo exerce sobre as ações que permitem a tonificação da economia, e para reforçar a nossa publicação, mostramos a mesma linha de raciocínio escrito por Gustavo Loyola.

“Independentemente do seu desfecho, o Brasil deve extrair da atual crise da zona do euro a lição de que o crescimento sustentado depende de reformas microeconômicas e do contínuo aperfeiçoamento institucional. A boa fase da economia brasileira nos últimos anos é resultado de relevantes mudanças institucionais introduzidas em nosso país, notadamente a partir da estabilização da moeda em 1994. Contudo, nos últimos anos, observa-se uma tendência preocupante de acomodação do governo, que praticamente abandonou iniciativas visando a aumentar a capacidade de crescimento do País no longo prazo. O que se vê, com frequência, são estímulos à demanda ou políticas de oferta que respondem a interesses setoriais imediatos, não necessariamente melhorando o ambiente geral dos negócios e favorecendo o aumento da taxa de investimento. Em algum momento essa estratégia pode dar errado, como nos ensinam os percalços atuais da Europa”.

A nossa insistência sobre o assunto tem o objetivo de auxiliar o leitor, quanto a definição dos procedimentos de um presidente da república para ser considerado bom ou ótimo gestor, afim deque o país realmente fique em boas mãos.