segunda-feira, 30 de abril de 2012

FIASCO


Muito frustrante as revelações recentes sobre o senador Demóstenes, uma esperança perdida, mais um golpe na fragilizada oposição que se esgota, conforme interessa aos novos democratas do Poder.
A certeza da manipulação viável, levou o Lula a influenciar na criação de uma CPI sobre as ligações  dos desafetos com Carlos Cachoeira. Porque só de alguns? Vejamos um trecho publicado no Estadão, por Eugênia Lopes em 30.04.2012.

Centralizar tudo nas mãos de poucos para evitar eventuais vazamentos de documentos sigilosos, poupar a Delta Construções, limitar a apuração aos funcionários da empreiteira com participação no esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e tentar pôr o foco das investigações em cima do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo. Esta é a estratégia que começou a ser montada pelos partidos aliados do governo, em especial o PT, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira”,

Como acreditar na soberana que num determinado momento diz que não influenciaria  na CPI, que tem muitos afazeres, mas abertamente indica o relator da CPI  o mineiro Odair Cunha que apesar de dizer que vai investigar tudo “doa a quem doer”, ao mesmo tempo que  a imprensa notícia que os “trabalhos começam sob prevalência do comando do Planalto”.

Interessa a quem não investigar a DELTA? Ao Planalto é claro. Como explicar  a maior empreiteira participante do PAC? São mais de R$ 4 bilhões. Quem foi a mãe do PAC? No mínimo houve omissão por falta de investigações,  não faltaram oportunidades, tendo em vista  que todo mundo da alta cúpula do governo suspeitavam das ligações de Cachoeira com a Delta.

Como disse Boris Casoy, “está tudo dominado”. O advogado do Carlos Cachoeira é o ex-ministro de Lula,  o Márcio Tomaz Bastos que anima  petistas em mais uma situação  favorável, na interlocução do que Cachoeira poderá denunciar em seu depoimento.
Neste panorama a CPI poderá ser mais um evento que beneficiará o PT e o governo, um fiasco que serviu de risada ao Carlos Cachoeira quando soube da relação dos integrantes da comissão.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

ECOLOGIA



Curiosamente fui ao google, imagem – Marina Silva, surge centenas de fotos da ex-ministra, que parece um verdadeiro desfile de modas, com roupas elegantes e sempre de primeira mão. Nada contra, é muito agradável  ver pessoas assim bem arrumadas.
É verdade que as roupas de Marina Silva não agridem o meio ambiente, mas como se trata de 7 bilhões de pessoas no planeta, e que seremos 10 bilhões em 2050, aí a situação muda, a sorte é que mais de 70% da população mundial não tem essas possibilidades, perceberam nesse momento a miséria e a pobreza se tornaram vantagem, senão milhões de hectares de terra teriam que ser desmatadas para o plantio do algodão.
Normalmente os ambientalistas possuem discursos encantadores, falam em sustentabilidade, é uma palavra que fascina principalmente a juventude, e etc., mas nenhum deles abre mão do conforto que supostamente são consideradas agressivas ao meio ambiente, como utilização de todo tipo de energia, de bens de consumo, de uma boa e farta alimentação.
Acreditam que só os animais irracionais, em excesso, causam desequilíbrio ecológico, acredito que não.
As ONGs internacionais que vivem por aqui impondo, deveriam assim procederem, inicialmente, em seus países que desmataram e desconhecem o termo “mata ciliar”.
Não somos contra a preocupação com o meio ambiente, isso tem que ser implementado, mas necessitamos  de um pouco mais de coerência.

terça-feira, 24 de abril de 2012

SIMILARIDADE


Existe uma congeneridade entre Cristina Kirchner e Dilma Rousseff, a diferença está no estágio de solidez das duas economias. Nestor Kirchner assumiu o governo argentino em 25 de maio de 2003, um país com dificuldades, que nem mesmo as privatizações de Menem livraram a Argentina de quebrar em 2001. Todos analistas duvidavam da recuperação nos anos seguinte. Mas aconteceram dois fatores determinantes; primeiro a desvalorização do peso que facilitou as exportações e segundo o “boom da economia mundial”, puxado pela China com altas taxas de crescimento, acarretando aumentos elavados nos preços das commodities e fizeram a Argentina alavancar a economia que passou a crescer com taxas anuais muito superiores a do Brasil. O crescimento do PIB Argentina de 2003 a 2007: foram consecutivamente de 8,8%, 9,0%, 9,2,%, 8,5%, 7,4%. Durante este período o governo argentino deveria ter realizado medidas estruturais que foram evitadas por serem antipopulares. Pelo contrário, mal privatizada pelo Carlos Menen, a Aerolineas Argentina foi estatizada em 2008 pela Cristina, com uma dívida de quase U$ 900 milhões. Com a crise na economia de boa parte dos países desenvolvidos em 2008, pifou um dos motores que sustentava o crescimento da economia argentina consequentemente o princípio de uma pane.

O populismo e nacionalismo não permitem medidas exigidas pela ordem econômica. Nesta situação, passa a prevalecer a permanência da popularidade que começa a cair e as tentativas de recuperar com gritos patrióticos, luta pelas Malvina e Estatização da petrolífera YPF. Dessa forma se ganha tempo na esperança de que o segundo motor volte a funcionar.

No Brasil de 2003 a situação era bem diferente, a crise existente em 2002 decorreu do receio do mercado ao futuro presidente que tinha no seu programa de governo a “RUPTURA NECESSÁRIA”, documento do PT de dezembro de 2001. Ocorreu evasão de capital em larga escala, solucionado com ascensão do Lula ao Poder, que garantiu a continuidade dos fundamentos econômicos deixados por FHC.

O Brasil gozou das mesmas vantagens da Argentina, com uma economia mais sólida, privatizações realizadas pelo governo anterior com excelentes resultados, permitiu um crescimento médio dos oito anos de Lula de 3,55%, mais otimismo que resultados. Esse crescimento não foi maior devido a ausência de  medidas para melhorar a nossa competitividade, atualmente em 126º comparado aos demais países. Lula foi mais um razoável gerente que um presidente de verdade.

Dilma assume o governo em primeiro de janeiro de 2011. A situação já não era a mesma de 2003, quando Lula recebeu o país com dívida externa equacionada, e a interna beirando a R$ 700 bilhões e entregou para a sucessora com valor da mesma dívida próximo a R$ 2 trilhões, e em início de processo de desindustrialização.

Existe uma série de medidas que o governo deve tomar para melhorar a nossa posição na competitividade com relação a outros países. Elas não são tomadas porque, igualmente à situação de Cristina, o populismo e o nacionalismo não permitem. As ações da presidente passam a serem gerenciais que produzem vôos rasantes.

Como a nossa situação é mais confortável que da Argentina não precisa o governo falar em estatizar as empresas privatizadas, basta exposição na mídia como faxineira e combatente de juros alto, embora não tome medidas técnicas para esse procedimento, mas conseguem o objetivo principal, à POPULARIDADE.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

TRUCAGEM


A inflação acumulada nos 12 últimos meses ficou em 5,24%, (fonte Aporte Economia). O governo comemora como vitória a aproximação do centro da meta que é de 4,5%. A mídia bombardeia a população de otimismo com o sucesso do governo.

Considerando que o país continua com crescimento econômico rasteiro que gera um cenário favorável a controle de preços e que o governo artificializa resultados segurando preços de produtos das estatais, ainda não podemos comemorar.

A Petrobrás ajuda bastante no controle da inflação, importando gasolina a R$ 1,33 e vendendo a R$ 1,18 incorporando em sua contabilidade esses prejuízos. Este filme é uma reprise que rolou desde a década de setenta do século passado até o plano real, quando os governantes se utilizavam dessa prática para tentar segurar a inflação. O resultado foi o sucateamento da Petrobrás chegando em 1995 com um patrimônio de U$ 12 bilhões, e uma dívida de U$ 10,6 bilhões (fonte revista ISTO É nº 1329 de 22/3/95), com baixa capacidade de investimentos, acarretando atrasos em produção e refino de petróleo.

A princípio é muito bom, a utilização da Petrobrás no controle inflacionário, é um alívio para nossos bolsos, mas considerando que a dependência de combustível cresce a cada ano, demonstrando que o governo petista não foi capaz de manter a auto suficiência de Petróleo assegurada pelo decreto 9.478/97 que permitiu investimentos de empresas nacionais e estrangeiras na produção de petróleo no país, nos levando rapidamente a quase auto suficiência no inicio de 2003, certamente, a médio prazo, a consequência poderá ser desastrosa para economia brasileira.

Em 2008 o governo anunciou uma efêmera auto suficiência do líquido negro, e fez a população acreditar que o Pré-sal seria a solução de todos nossos problemas. De lá pra cá, a nossa dependência só cresce.

sábado, 7 de abril de 2012

PUPULARIDADE


Agora é o clamor das classes patronais e operários protestando em frente Assembléia Legislativa de São Paulo pelo fechamento comercial do país e diminuição de juros e tributos para solucionar as ameaças da desindustrialização no Brasil.

Abertura de mercado, que proporcionou a modernização e auxiliou no controle de preços no Brasil, já não serve mais. Virou uma arma contra nós porque a condução da economia foi realizada como se tudo já estivesse consolidado em termo de crescimento econômico, o otimismo exacerbado tomara lugar das atitudes que deveria ser executada pela equipe econômica ao longo dos últimos 10 anos.

A incoerência produzida pela inocência de uma população que não se importa com a qualidade dos gastos do governo e agora pede tributos menores. Vamos aprender a ser proativo porque depois do leite derramado fica difícil. No debate da eleição de 2006, Lula esnobou quando o seu adversário o acusou de ter criado ministérios demais principalmente para acomodar aliados. Lula respondeu com muita segurança que havia criado e criaria mais. A consequência foi à elevação da folha de pagamento de R$ 79,00 bilhões para R$179,00 bilhões. Lula promoveu o afrouxamento fiscal e a população aplaudiu.

Agora vamos escolher ou menores tributos e ampliação da dívida que já ultrapassa a R$ 2,00 trilhões, onde vamos terminar? Estamos assistindo nos países desenvolvidos, ou fechamento de mercado com perda de qualidade e facilitação inflacionária que servirá de sobrevida aos problemas atuais da economia. Não esqueçamos de que, em transações comerciais, toda ação requer uma reação com mesma intensidade.

Neste governo, o pouco que faz manifesta através de marketing como ações inéditas. “Nunca na historia deste paiz”. Sem parâmetros e massacrada com publicidades diárias a população toma como verdade.

Vamos falar de casas populares. A China constrói doze milhões de unidades anuais, proporcionalmente o Brasil deveria construir dois milhões de unidades em um ano. No programa de governo de Dilma há uma promessa de construir dois milhões de unidades em quatro anos. Duvido que execute a metade, mas o marketing se incumbirá de mostrar que foi feito muito.

Não me impressiona a alta popularidade da presidente, porque no mesmo momento que a população lhe confere taxas elevadas, conforme Ibope, de 56% para a gestão e 77% de aprovação pessoal da presidente, 63% desaprovam a saúde, 65% desaprovam o peso tributário, 56% desaprovam a segurança. A população tem consciência de que nada está bem. Mas o trabalho de marketing funciona, conduzindo inconscientemente o eleitorado nesta direção, porque popularidade é o sucesso deles.

terça-feira, 3 de abril de 2012

SALVAÇÃO ADIADA


O capitalismo é um sistema  econômico  que tem sobrevivido à desafios ocorridos ao longo dos tempos e frustrando os defensores do socialismo. Então, surgiu a democracia social absorvido pelo PSDB e atualmente pelos petistas que falam em socialismo democrático. O que seria isso? A pretensão é aceitar o capitalismo e posteriormente reforma-lo paulatinamente, sem conflito, em direção de um socialismo. Nesta ficção,  viajam muitos petistas.
Dosar o socialismo com a democracia é o discurso de muitos políticos. A constituição de 88, embora capitalista, teve uma forte dosagem socialista criando direitos que onerou demasiadamente o Estado, numa tentativa de humanizar o capitalismo.   Nada contra. Acontece que o nosso país não é uma ilha. Está inserido num mundo globalizado que tem de competir com vários países. Na China uma mulher tem uma criança, na segunda gestação, lhe é cobrada uma multa, aqui lhe é oferecido dinheiro. Com este cenário o “Avança Brasil” gritado pelo Ulisses Guimarães, na promulgação da constituição, pode ser traduzido como “emperra Brasil”, pois  a consequência foi a formação de um Estado pesado com dificuldade de mobilidade que nem um elefante.  O crescimento econômico dos últimos anos foi resultado de varias reformas constitucionais no final do século passado. Outras reformas teriam de ser feitas para o país continuar melhorando na sua relação comercial com outros países. No entanto desde 2003 ações neste sentido foram paralisadas, levando o país ocupar, atualmente, o 126º lugar em competitividade, e o 50º em ambiente para negócios.
  
É a ausencia das famosas medidas estruturais que repetidamente já falei neste blog. A presidente Dilma tem esse desafio, cuja execução permitirá o país continuar crescendo com maior velocidade em direção ao Desenvolvimento Econômico, caso contrário, permaneceremos no processo de consolidação da miséria e pobreza de grande parte da população.
Embora necessárias, são medidas desgastante para qualquer governante. Para um governo que tem como objetivo principal a popularidade é praticamente impossível, portanto, permanecemos na rasteira entre os emergentes, adiando oportunidades,  qualquer desculpa bem formulada tem surtido efeito. A queda do PIB de 2011, (2,7%), é culpa  da crise europeia. E como explicar o crescimento da Alemanha que está no centro da crise e cresceu 3%?
A exemplo de Margaret Thatcher, primeira ministra britânica de 1979/ 1990, considerada dama de ferro, assim sempre será lembrada em decorrência das medidas estruturais executada no seu governo, como privatizações, e etc., pois, resultaram o fortalecimento da economia inglesa que se reflete até os dias atuais.
Dilma ensaia para a plateia, com declinações de boas intenções, e com providências que salve o seu governo como as anunciadas hoje.
Dizer que as medidas são contra a crise europeia, não é só isso, mas, principalmente pela falta de competitividade que avança no país motivado pela má definição de prioridades dos gastos público no governo Lula que não permitiu privilegiar aplicação em investimentos.