sexta-feira, 23 de novembro de 2012

SEM COTAS



Muita emoção na posse do ministro Joaquim Barbosa como presidente do Supremo Tribunal de Justiça, um negro que chegou ao topo do judiciário sem precisar de cotas que certamente ofuscaria o brilho de sua vitoria. Além dessa lição o ministro, no julgamento da ação penal 470, deu aula de republicanismo. Com seu comportamento demonstrou que a República não tem proprietário, não é porque foi nomeado pelo Lula que lhe deve favor. É necessário que entendamos que a nomeação é uma prerrogativa da constituição que confere ao presidente da república procedimento do ato de nomeação, sem, contudo, significar subserviência, quem o nomeou foi o Presidente da Republica e não Luis Inácio Lula da Silva, que por coincidência era o presidente de plantão. Parabéns Joaquim Barbosa e salve Minas Gerais. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

JOGO DA SOLUÇÃO


A mídia nacional informa com muita esperança de solução, na mudança do secretário de segurança do estado de São Paulo. “A escalada da violência derrubou  Ferreira Pinto”. Assume  Fernando Grella, certamente um mágico porque vai solucionar um problema complicado utilizando os mesmos recursos do anterior ou quem sabe inventar saídas de bastidores, porque essa violência surgida de maio pra cá, só vai amenizar quando o PCC achar conveniente, ou quando o governo Federal realmente começar a encarar suas responsabilidades na área de segurança, como isso é impossível só resta a solução de 2006, quando o PSDB foi acusado de negociar com o PCC.

É complicado, neste país, um governador denunciar as omissões do governo federal porque certamente sofrerá retaliação nos repasses de verbas federais. Só resta ao Alckmin entrar no jogo do PT.

De quem  é a responsabilidade de investigar e combater o PCC?

Os crimes como latrocínio, sequestro e etc. de responsabilidade do governo estadual investigar e solucionar, apresentam diminuição vertiginosamente em São Paulo, ao contrário, dos crimes de trafico de droga e armas, ações que transitam de um estado para outro, ou mesmo com produtos ilegais oriundos de outras nações, tornando o Brasil o maior consumidor de drogas, são crimes da responsabilidade do governo federal o combate. Essa violência explode no país inteiro, até digo que o Brasil é um país controverso, porque o governo comemora o baixo nível de desemprego (5,3%), “pleno emprego”, mas a criminalidade cresce em direção inversa  a queda da taxa de desemprego. Nos outros países ocorre ao contrario. Nos EUA em crise, como gostam de falar nossos jornalistas, são assassinados, em média, 25 pessoas por dia. Aqui no Brasil, em média, são 140 brasileiros assassinados diariamente. Em 3,5 dias supera a quantidade de brasileiros assassinados pela ação opressora durante todo período da ditadura militar, (vinte anos).

Por que não esclarecer a população? Será que os profissionais que fazem a imprensa brasileira não são preparados para isso? Comportam-se como transmissores de recados. Por que demonstram receio em opinar quando contraria o Poder?

Um país que só uma minoria é informada, um contingente com informações induzidas, e outra quantidade sem nenhuma informação, ficamos subjugados a esperteza de grupos políticos, e  uma democracia mal conduzida.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

INDECORO PARLAMENTAR


A CPMI do Cachoeira chega ao final encontrando um culpado o governador de Goiás Marconi Perillo, e propondo ao Conselho Nacional do Ministério Público a investigar o procurador Roberto Gurgel, não há perdão pela audácia de sustentar a denuncia contra a alta cúpula do PT.  A seriedade transparente no rosto do presidente e relator dessa comissão é tanta, que nos faz esquecer como foi criada, e os seus objetivos sinistros tanto mencionados, na época, pela imprensa.

Não estou defendendo ninguém, mas cobrando respeito dessa casa. É o mínimo que um brasileiro atento pode fazer. Demonstrar indignidade pela forma como esse pilar da democracia trata uma população como idiotas. Por que não investigaram a Delta? Porque lá iriam encontrar culpados além de Marconi. Porque lá existem repasses de muito dinheiro para outras empresas que financiaram campanhas eleitorais, o tiro no pé certamente ocorreria, porque no momento da eleição vigora o “vale tudo” para enganar o eleitor, e alcançar uma vitoria mesmo que seja torpeza, passado a euforia franzem-se as testas, usam botox, falam em honestidades como se isso fosse à verdadeira expressão da obediência incondicional às regras morais existentes, a honradez e a integridade é, principalmente para eles, a fraude não descoberta.

As sentenças proferidas pela justiça só tem probidade se for contra adversários, por isso fizeram manifesto calunioso ao STF porque condenou mensaleiros formadores de quadrilha. Investigar e achincalhar políticos da oposição, ou desafetos são as preocupações das elites do poder de plantão.   

domingo, 18 de novembro de 2012

CONVERSA FRANCA


Falei no twitter que nos últimos 90 anos o Brasil perdeu 3 oportunidades de mergulhar no desenvolvimento econômico. O último foi no inicio deste século
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Após o quebra da bolsa de Nova York em 1929, a situação da cafeicultura ficou insustentável, o que parecia ficar péssimo para o Brasil gerou uma oportunidade, pois com este cenário os cafeicultores desistiram de investir na cafeicultura e vislumbraram a industria como a  nova opção para gerar riquezas, mas aí surgiu Getúlio Vargas, protecionista, nacionalista arquitetou um modelo econômico baseado no Estado Forte e de economia fechada, que se mostrou insustentável ao decorrer dos anos.

O golpe militar de 1964 veio para solucionar uma crise política que estava atrelada a uma crise econômica, o evento teve apoio das potencias econômicas e financiamento com vultosas somas pelo FMI, mas Costa e Silva elaborou reformas baseadas nos princípios getulistas e assim o presidente do milagre econômico Garrastazu Médici executou, a conseqüência foi desastrosa caímos nos anos oitenta em profunda dificuldades econômicas gerando uma imensa legião de pobres e miseráveis, com inflações incontroláveis e uma dívida externa que parecia ser impagável no qual afugentaram investimentos.

Veio, então, no inicio dos anos noventa do século passado no governo Collor, abertura de mercado, privatizações e renegociações da dívida do FMI que deram um rumo, uma saída, ao país, esse processo prosseguiu com Itamar continuando a privatizar desmontando o modelo de Getúlio Vargas. Fernando Henrique Cardoso fazendo a parte conclusiva e de maior extensão, continuou privatizando, buscou ajuste fiscal, destravou Petrobras com a lei 9.478/97 que deu impulso a produção de petróleo, dobrando a produção de 1997 a 2002, elaborou o fundamentos econômicos e o país começou a crescer.

Em 2002 a oposição gerou uma crise de confiança no mercado em decorrências das ameaças de romper com o FMI e rever privatizações, e em 2003 a oposição assume debelando a crise afirmando que seguiria os fundamentos econômicos do governo anterior e, assim, adquirimos a calmaria, neste principio, procedeu o governo Lula seguindo os fundamentos, mas deixando de lado a agenda FHC, isto é , prosseguiu com equilíbrio fiscal, metas de inflação, cambio flutuante e superávit primário, mas não prosseguiu com as privatizações, pelo contrário, passou a criticar para angariar dividendos políticos. Exploração criminosa da inocência popular. O equilíbrio fiscal o Lula foi negligenciando no segundo mandato, que deu margem ao governo Dilma desmontar o restante, portanto, hoje não existe mais cambio flutuante, não se consegue mais o superávit primário, e a meta de inflação foi para o espaço. Muito tempo perdido na formação de uma infra-estrutura necessária para um módico crescimento de pelo menos 4%, a apelação, no momento, é para o improviso, e para o se Deus quiser vai dar certo.