sábado, 16 de fevereiro de 2013

TIRANIA DEMOCRÁTICA


Quando falei que a nossa democracia é de péssima qualidade, é porque existem variantes que prejudicam o processo, embora tenham aparência de normalidade. Vamos começar pelo excesso de poder que detém o Executivo.

O Executivo pode turbinar a carreira de um juiz, como também freá-la, portanto nomear um ministro para os Tribunais Superiores e para o Supremo, o ato, pode ser da competência do Executivo, mas a escolha dos profissionais jamais, se a lei assim permite, está no grupo das leis que estimulam a tirania, portanto, não deveria nem existir e sua mudança é necessária.

O Executivo pode facilitar ou dificultar a liberação de emendas de um parlamentar, consequentemente influenciar na reeleição do político, e gerar um Congresso como o nosso, onde o fisiologismo passa a ser a razão de sua existência, onde se cria partidos com objetivos de barganhar com o Executivo, desqualificando os princípios que rege a necessidade da Casa no Sistema Democrático.

O Executivo pode tirar de dificuldades financeiras, ou aumentar os lucros das empresas de comunicação, com contratos milionários de publicidade. Pode ajeitar empregos para membros da família de um jornalista, financiar blogs com propagandas das estatais, ou fazer contratos milionários com esses profissionais.

O Executivo arresta a capacidade de ação dos demais poderes e assume o controle supremo da situação, o futuro é incerto e à proporção que o governo fracassa no campo econômico abre espaço para a tirania democrática como forma de permanência no poder. Os tiranos sempre sobreviveram em regimes economicamente fracassados, com o controle da imprensa, do judiciário, das massas através de distribuição de migalhas e sufocando a oposição. Coincidentemente a imprensa brasileira está entre as 10 no mundo que corre risco.

É um leque de ações que produzem sequelas na formação da democracia, porque aí o governo não precisa ser eficiente, as mazelas são camufladas. Os conceitos de Direitos Humanos são construídos segundo seus próprios consensos. Combatem-se desvios sobre Direitos Humanos nos quintais dos inimigos ideológicos e aplaudem-se graves desrespeitos aos Direitos Humanos nos amigos ideológicos. A própria Democracia passa a ter conceitos ideológicos, de forma que permite ao embaixador venezuelano se juntar aos mensaleiros condenados do PT para fazer movimento de protesto contra o Judiciário, com direito ao silencio do Itamarati. À vontade os gestores podem cometer os mais bárbaros equívocos, como:

Torrar mais de U$ 1 bilhão de dólares na aquisição de uma refinaria obsoleta e improdutiva de petróleo nos EUA, não produzir nada, e ficar por isso mesmo.

Deixar a Bolívia confiscar uma refinaria da Petrobras e como contestação foi à cessão de empréstimo financeiro para, aquele país, construir uma estrada conhecida por lá como a estrada da coca, incentivo a produção da pasta de coca para consumo no Brasil, e mais de 90% da população nem sequer consegue tomar conhecimento desses fatos, porque a imprensa de massa está sob controle.

Querer mudar regras do jogo quando lhes convém, como questionar a delação premiada que acharam excelente para aniquilar o ex-governador de Brasília do DEM, José Roberto Arruda, e agora quando Marcos Valério acusa, pela delação premiada, o Lula de ser o mentor e ter recebido dinheiro do mensalão para pagamento de contas pessoais.

Sair distribuindo dinheiro a países latinos-americanos por serem considerados progressistas, embora, inviáveis economicamente, como: Cuba, Bolívia, Venezuela, Equador etc. E tudo chega à população como sendo as mais sóbrias atitudes de um governo eficientemente democrático.

Acesso à pagina inicial http://mundofoco.blogspot.com.br/

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